Associações pedem continuidade da cogestão, e Leite cogita mais restrições

02/22/2021

02:28:24 PM

Vale do Taquari


Após mais de duas horas de reunião com o governo do Estado, os representantes das associações de municípios do Rio Grande do Sul pediram de maneira unânime pela manutenção da cogestão no sistema do Distanciamento Controlado contra a Covid-19. No encontro desta segunda-feira, 18 entidades estiveram representadas na conversa com o governador Eduardo Leite. O Executivo estadual, porém, só irá definir a questão após uma conferência com o Gabinete de Crise, marcada para as 14h desta segunda. Leite, inclusive, chegou a cogitar a inclusão de mais restrições caso a opção seja pela continuidade do modelo compartilhado de gestão de protocolos contra o novo coronavírus.

Em sua manifestação, que ocorreu depois da fala de prefeitos e de presidentes de associações, Leite fez um apelo caso o modelo de cogestão seja mantido. "Tivemos 18 associações falando hoje e se manifestaram de forma unânime. Vou tomar a decisão com o gabinete de crise, mas essas manifestações serão muito consideradas. Eu concordo que não podemos punir a economia e por isso criamos o sistema de Distanciamento Controlado, mas o que estamos vendo agora é uma situação fora do comum", disse. "Se a decisão for pela cogestão, vamos discutir outros tipos de restrições no período noturno, talvez encurtando o período de funcionamento de locais das 22h para as 20h. Precisamos mostrar com clareza que o vírus é uma realidade assustadora", acrescentou. 

o falar da chance de continuidade da cogestão, Leite afirmou que os prefeitos serão fundamentais na fiscalização de locais com aglomerações. "Os prefeitos serão determinantes nisso e, se a decisão for pelo seguimento da cogestão, eu preciso do compromisso de todos de que este monitoramento seja feito com muito rigor, com caráter pedagógico, dando visibilidade para isso", salientou. O governador disse ainda que as administrações municipais podem contar com a Brigada Militar para acompanhar atividades irregulares neste momento da pandemia. 

Vacinação, educação e a subida de tom 

Além de prestarem apoio às restrições já impostas pelo governo do Estado ainda na semana passada, as associações de municípios pediram esclarecimentos sobre o andamento das vacinas e deixaram claro que desejam o retorno de aulas presenciais. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, chegou a pedir sensibilidade de Leite em relação à educação, alegando que muitas mães precisam trabalhar e não têm com quem deixar os filhos. "Faço um apelo pela cogestão na Educação Infantil. Ela precisa voltar. Tem até uma questão alimentar também, então eu peço a sua sensibilidade", disse Melo. 

Em resposta, Leite disse que a situação será avaliada para o modelo híbrido. "E quanto à vacinação eu oficiei ao Ministério da Saúde para que priorize a imunização de professores que estão na faixa prioritária", informou. 

A manifestação mais contundente veio do presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Maneco Hassen, pedindo para que o governo do Estado e os prefeitos aumentem o tom com o governo federal pela chegada de mais vacinas. "Até gostaria de uma cobrança mais firme em relação à vacinação sobre o governo federal. Nós não podemos continuar sem elas, caso contrário vamos discutir medidas de restrição o ano todo. Acho que está na hora de subir o tom", resumiu. 

Fonte: CORREIO DO POVO




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