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Bom-retirense faz campanha para custear tratamento de doença rara

Portador de CID G04, Micael Dutra ficou paraplégico e precisa de assistência em Brasília

Bom-retirense faz campanha para custear tratamento de doença rara
Foto: Luís Fernando Wagner

Bom-retirense faz campanha para custear tratamento de doença rara

No mês de junho de 2024, a vida do morador do Bairro São Francisco, em Bom Retiro do Sul, Micael Dutra sofreu um revés. Tudo começou quando o jovem de 28 anos começou a sentir dificuldades de urinar. Preocupado, Micael procurou um médico, que inicialmente suspeitou de problemas no trato renal e iniciou o tratamento. Porém, em uma noite ao acordar para ir ao banheiro, caiu no corredor de sua casa e não levantou mais. “Eu acordei de madrugada com vontade para ir no banheiro. No que eu me levantei, no corredor, eu caí e não caminhei mais. Nossa, foi um desespero, total”, recorda.

Após diversos exames, em um hospital de Porto Alegre, Micael foi diagnosticado com encefalomielite autoimune (CID G04), doença rara que compromete o sistema neurológico. Micael perdeu completamente as funções motoras dos membros inferiores. “No ano passado, após a queda, eu fui internado em Bom Retiro, e depois me transferiram para Lajeado, no Hospital Bruno Born. Aí lá eu fiquei um mês internado. Nesse período eu fiquei 15 dias na UTI, porque estava subindo a inflamação que estava na medula, subindo para o cérebro. Aí , quando eu fiquei lúcido, fiz exames para ter certeza de que não ficaram sequela no cérebro também, o que não foi detectado”, comenta. A origem da doença é desconhecida. A paralisia dos membros inferiores é irreversível.

Micael, que ocupava cargo de coordenação em um atelier de calçados e tinha uma vida totalmente independente, passou a viver na casa de sua mãe, que dedica todo o seu tempo para cuidar do filho. Eles sobrevivem com um salário mínimo que Micael recebe do INSS e o recurso recebido via Bolsa Família. “Precismos fazer adaptações dentro de casa para melhorar a acessibilidade. Também têm os remédios e fraldas. Já o tratamento, que pode impedir a progressão da doença e melhorar minha mobilidade, precisa ser feito em Brasília, no Hospital Sara. Calculamos o orçamento para isso em R$ 15 mil, que é basicamente o custo das passagens para duas pessoas para Brasília e o custo de estadia nos dez dias que precisarei ficar lá no hospital”, projeta.

Sem condições de arcar com esta despesa, Micael lançou uma campanha para arrecadar o valor. Interessados em contribuir. As doações podem ser feita por este link ou via Pix, pela chave 51991175987.

A doença

A encefalomielite autoimune não é diretamente codificada pelo CID G04, mas sim por códigos mais específicos dentro dessa categoria, como o G04.8, que abrange outras encefalites e encefalomielites. A categoria G04 se refere a doenças inflamatórias do sistema nervoso central, como encefalite (cérebro), mielite (medula espinhal) e encefalomielite (ambos), que podem ter causas infecciosas ou autoimunes, com sintomas neurológicos variados e que necessitam de diagnóstico e tratamento especializados.


Fonte: Grupo Independente