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UTI do Hospital São José de Arroio do Meio registra 49 internações nos primeiros 50 dias de funcionamento

"A gente consegue salvar mais do que perder, graças a Deus e aos esforços de toda a equipe", diz coordenador e médico Nelson Franco

UTI do Hospital São José de Arroio do Meio registra 49 internações nos primeiros 50 dias de funcionamento
Foto: Ricardo Sander

A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital São José de Arroio do Meio completou 50 dias de funcionamento, com 49 internações e uma média de permanência de 7,5 dias por paciente. O serviço foi inaugurado em 23 de junho por meio do programa Inverno Gaúcho, do Governo do Estado, que custeia integralmente os dez leitos durante 90 dias, todos via Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o coordenador da UTI, o médico Nelson Franco, o início exigiu adaptações rápidas. “A UTI foi aberta um pouquinho de surpresa. No dia 12 de junho eu recebi a notícia no meu celular de que teria que abrir no dia 23. Então fomos atrás de médico, enfermeiro e tudo mais”, relatou. Ele avalia o resultado inicial como positivo. “Os números, os protocolos e o atendimento que a gente deu são muito positivos no olhar de toda a equipe”.

Do total de internações, 43 já foram concluídas, sendo 34 altas e 9 óbitos. “Pelo índice SAPS 3, a mortalidade esperada era de 27,8% e a real ficou em 20,9%. A gente consegue salvar mais do que perder, graças a Deus e aos esforços de toda a equipe”, afirmou.

A maioria dos pacientes é do Vale do Taquari, mas há registros de atendimentos de 20 pacientes de outras regiões, como Caxias do Sul e Rio Pardo. “Se a gente não tivesse esses leitos, seriam 43 pacientes que ficariam na emergência aguardando vaga em outros hospitais. Provavelmente mais pacientes teriam falecido por não ter UTI”, destacou.

As principais causas de internação têm sido problemas respiratórios, seguidos por insuficiência cardíaca e casos de influenza. “Muitos desses pacientes precisam respirar por aparelhos e a nossa UTI está aí principalmente por isso”, explicou.

Futuro da UTI

Com o fim do programa Inverno Gaúcho, previsto para cerca de um mês e meio, a meta é manter seis leitos pelo SUS e quatro para convênios ou atendimentos particulares. O hospital já iniciou o processo de habilitação junto ao Ministério da Saúde para garantir a continuidade do serviço. “A partir do momento que a UTI está em funcionamento, se torna mais difícil o governo mandar fechar. Se está servindo à comunidade e funcionando bem, há um esforço maior para manter”, disse o coordenador.

Além de salvar vidas, a nova estrutura amplia a capacidade cirúrgica do hospital. “Tendo uma UTI, podemos realizar cirurgias vasculares em vasos centrais, cirurgias torácicas e abdominais mais complexas, que antes não eram possíveis”, explicou Dr. Nelson.

Ele também ressaltou o desafio humano do trabalho. “Tentamos não ficar só no tecnicismo, mas dar carinho para as pessoas, porque a família do paciente de UTI está sempre preocupada”, afirmou.


Fonte: Grupo Independente