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Mais de 800 alunos retornam ao Castelinho. Obras seguem até novembro

Com mais de R$ 2 milhões previstos, reforma do colégio avança e deve ser finalizada até o fim do ano

Mais de 800 alunos retornam ao Castelinho. Obras seguem até novembro
Foto: Rodrigo Martini

Após quase dois anos fechado devido às consequências das enchentes, o Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, o Castelinho, de Lajeado, voltou a receber estudantes nesta segunda-feira, 4. Cerca de 800 alunos retornaram ao espaço. Apesar da reabertura, a obra ainda não foi finalizada. Os trabalhos continuam em etapas, com a conclusão prevista para novembro deste ano.

Hoje, estão em funcionamento 24 salas de aula, além do refeitório, da cozinha e do setor administrativo. O governador do Estado, Eduardo Leite, afirmou que esta é apenas a primeira fase da reestruturação do Castelinho, com R$ 1,5 milhão já investidos e mais R$ 1 milhão previsto para a próxima etapa. Ele explicou que ainda estão sendo realizados levantamentos para uma terceira fase.

Segundo Leite, uma obra como essa sequer teria sido contratada em tempos passados, em razão da burocratização. “No segundo mandato, conseguimos elaborar novas formas de contratação para acelerar os processos. Sempre há riscos, mas foi possível reduzir prazos de mil dias para 65, o que é um avanço fundamental.”

Ainda interditado, o primeiro andar será ocupado mais adiante, de forma flexível, conforme as demandas da escola, e o terceiro, que futuramente abrigará a nova cozinha e o refeitório, ainda está em obras. A quadra de esportes e os laboratórios estão previstos para fases posteriores da reforma.

Mesmo diante das limitações, o retorno dos alunos foi comemorado pela coordenadora da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Greicy Weschenfelder. Para ela, educação é movimento e vida, e o ambiente escolar voltou a se encher de energia. “Muitos alunos nem conheciam o prédio”, salienta.

A secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, destacou o simbolismo do retorno às aulas no Castelinho. Segundo ela, o Vale do Taquari foi a região mais afetada pelas enchentes, e os sons ouvidos no colégio mostram a alegria dos estudantes em estarem no prédio. Apesar das obras em andamento, ela afirmou que o mais importante é poder estar ali novamente.

Raquel, ainda explicou que a proposta do governo é transformar as escolas em ambientes resilientes, tanto na estrutura física quanto no conteúdo pedagógico. “O currículo está sendo adaptado para desenvolver habilidades socioemocionais, como empatia, tolerância ao estresse e compreensão de eventos extremos, integradas às áreas cognitivas”, comenta.

Leite complementou a fala, destacando que resiliência também exige repensar a forma como se reconstrói. “Não basta reformar nos moldes antigos, é necessário adaptar. A escola precisa estar pronta para retomar rapidamente suas atividades se novos eventos climáticos ocorrerem”, afirmou.

Prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher, lembrou que a decisão de manter o Castelinho foi discutida com o Estado há cerca de um ano. Segundo ela, naquela época, já estava claro que não havia outra alternativa sem ser a reabertura.

“O colégio, um ícone da cidade e símbolo de educação para toda a região, teve sua importância reconhecida pelo governo estadual. Por isso, a comunidade pode hoje comemorar esse recomeço tão necessário.” O governador destacou que a escolha de manter o prédio reflete o forte sentimento de pertencimento da comunidade.

Ao encerrar sua fala, Leite deixou uma mensagem de esperança à comunidade. Ele afirmou que é preciso levar dali a esperança de um futuro melhor, que foi testada na dificuldade. Segundo ele, apesar da dor, esse processo tornará os estudantes e todo o estado mais fortes.


Fonte: Grupo A Hora