Mano Menezes obrigado a dar um passo atrás na frente da zaga do Grêmio
Cancelamento do negócio envolvendo o volante Caíque do Juventude posterga pretensão do técnico solucionar antigo problema do time no setor defensivo

Em tese, o Grêmio dispõe de R$ 5 a R$ 7 milhões para buscar um outro volante no mercado. Na prática, Mano Menezes tem hoje os mesmos nomes para a função de proteger a zaga no segundo semestre. O veto do departamento médico tricolor para contratar Caíque, cancelando o investimento milionário no jogador e travando a ida de Luan Cândido para o Juventude, posterga a ideia do treinador de solucionar um problema do time.
Desde sábado, quando o departamento médico apurou o risco em contar com atleta, substituído contra o próprio Grêmio no começo de junho em sua quinta partida pós-cirurgia no ligamento anterior cruzado do joelho direito, os dirigentes do futebol devem ter batido novamente na sala do CT Luiz Carvalho onde trabalham os analistas de mercado do clube. A ideia de solucionar a defecção defensiva com a chegada de Caíque, por ora, dá um passo para trás.
Embora o plantel tenha vasta oferta para o setor - Dodi, Villasanti, Camilo, Edenilson, Ronald, o recém-chegado Alex Santana e Cuéllar -, nenhum destes jogadores atende totalmente aos anseios do treinador para ser um "camisa 5" à moda antiga, um volante mais pragmático e guardião da linha defensiva. Um ou outro nome até pode ter as características exigidas, mas não a soma de qualidade e vitalidade, e nessa se inclui o colombiano, de quem se imagina um melhor desempenho a partir da pré-temporada em curso.
Esta é a convicção da comissão técnica, de Felipão a Mano Menezes e, por isso, a volta às avaliações para encontrar o substituto de quem não veio se faz necessária. Provavelmente o próximo alvo tenha um perfil parecido ao de Caíque, mas dificilmente o negócio encontre a mesma rejeição externa pelas condições apresentadas. Porém, certamente o nome quando for encontrado estará ciente de quanto o Grêmio tem no bolso.
Fonte: Correio do Povo