Preço da gasolina nas bombas pode cair para R$ 6,04 no RS
Petrobras reduz em R$ 0,17 o valor da gasolina para as distribuidoras. Sulpetro elogia medida e diz que ajustes no preço nas bombas será feito de maneira gradual

A Petrobras anunciou ontem, 2 de julho, uma redução de 5,6% no preço da gasolina vendida às distribuidoras. O corte representa R$ 0,17 por litro e passa a valer a partir de hoje, terça-feira. Com a queda, o valor médio de venda do litro para as distribuidoras passa de R$ 3,02 para R$ 2,85.
Pelos cálculos da estatal, considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro, o impacto nas bombas seja de R$ 0,12 por litro. Se o repasse for integral e não houver outras interferências, a gasolina comum (C) pode cair para uma média de R$ 6,04 no RS.
Conforme a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio no Estado é de R$ 6,16, em pesquisa divulgada no fim de semana. O menor valor registrado foi de R$ 5,52, e o maior, R$ 7,39.
A queda no preço da gasolina pode influenciar os índices de inflação. Segundo a consultoria Warren Investimentos, o IPCA de junho pode recuar entre 8 e 10 pontos-base, o que levaria a projeção anual de 5,3% para 5,2%.
Redução já esperada
O novo preço representa a primeira redução em mais de 300 dias de preço estável. Desde dezembro de 2022, a Petrobras acumulava uma queda de R$ 0,22 por litro, o equivalente a 7,3%.
Considerando a inflação do período, a diminuição real chega a R$ 0,60 por litro, ou 17,5%.
Para o presidente do Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua, a redução já era esperada diante do comportamento recente do mercado. “É salutar a redução de preços. Já havia uma tendência de que poderia acontecer isso”, afirma.
Dal’Aqua avalia que o consumidor deve perceber a queda gradualmente. Isso ocorre porque os estoques das distribuidoras e dos postos foram adquiridos a preços diferentes. “As distribuidoras não baixam tudo de uma vez só. Isso é normal. Cada posto administra conforme as condições que melhor atendem seu negócio, inclusive para atrair o consumidor”, explica.
De acordo com ele, o RS mantém preços médios abaixo dos praticados no Paraná e em Santa Catarina, puxados pela concorrência. “Temos muitos postos, inclusive pequenos, e isso gera uma competição natural. O mercado se regula com base nisso, mas o cenário é de imprevisibilidade”, avalia.
Fonte: Grupo A Hora