Governo federal proíbe ensino à distância em medicina, direito, enfermagem, odontologia e psicologia
Segundo o governo, o objetivo é garantir a qualidade do ensino superior nessas áreas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta segunda-feira (19) um decreto que proíbe a oferta de cursos de ensino à distância (EAD) para medicina, direito, enfermagem, odontologia e psicologia. A medida foi anunciada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, em reunião com representantes de universidades e entidades da sociedade civil.
Segundo o governo, o objetivo é garantir a qualidade do ensino superior nessas áreas.
O que muda
Cursos de medicina, direito, enfermagem, odontologia e psicologia não poderão mais ser ofertados na modalidade EAD.
Os demais cursos da área da saúde só poderão ser ofertados de forma presencial ou semipresencial.
Cursos presenciais passam a ter limite de 30% de carga horária a distância — antes, o limite era de 40%.
Haverá um prazo de transição de dois anos para que as instituições se adequem.
Modalidades definidas
Presencial: aulas majoritariamente físicas, com no máximo 30% de conteúdo a distância.
Semipresencial: mistura atividades presenciais físicas (como estágios e laboratórios), atividades síncronas (ao vivo) e EaD.
EAD: conteúdo majoritariamente a distância, com no máximo 20% de atividades presenciais ou síncronas obrigatórias (como provas).
Tipos de atividades a distância
Assíncronas: realizadas em tempos e locais diferentes, sem interação em tempo real.
Síncronas: realizadas em tempo real, com alunos e professores em locais diferentes.
Síncronas mediadas interativas: com grupos reduzidos, interação ao vivo, apoio pedagógico e controle de frequência.
O decreto tem como foco regulamentar e limitar o uso do EAD em cursos que exigem práticas presenciais essenciais, como na área da saúde e jurídica.
Fonte: Grupo Independente