Roger busca solução emergencial para confronto decisivo pela Libertadores
Sem Valencia e Borré, Roger terá de escolher entre os jovens Lucca e Ricardo Mathías ou Wesley no ataque amanhã

O Inter terminou o ano passado e começou 2025 com dois centroavantes de hierarquia. Com passagens por grandes clubes da América do Sul e da Europa, Enner Valencia e Rafael Borré prometiam um duelo particular pelo comando do ataque durante um ano que prometia ser promissor. Porém, a temporada afunilou e encontrou ambos os jogadores lesionados. E, sem outras alternativas, resta a Roger Machado optar entre a juventude de Lucca ou de Ricardo Mathias e a improvisação de Wesley para a decisiva partida contra o Nacional, amanhã, no Gran Parque Central, pela quinta rodada da Libertadores.
Lucca, 22 anos, foi o escolhido para a partida contra o Botafogo, no domingo. O Inter perdeu por 4 a 0. Antes, ele já havia entrado contra o Atlético Nacional, quando Valencia sofreu uma lesão muscular na coxa direita. Por isso, o jogador, cuja principal característica é a movimentação no setor ofensivo, surge como o favorito para seguir no time.
Lucca, apesar da pouca idade, já tem alguma experiência, inclusive em jogos da Libertadores. Na edição de 2023 do torneio, quando os colorados chegaram até a semifinal, o centroavante participou de cinco jogos, sempre entrando no segundo tempo, e contribuiu com duas assistências. Na Copa Sul-Americana do ano passado, ele também esteve em campo em seis ocasiões.
Ricardo Mathias é diferente. Apesar de não ser lento, usa a imposição física e a altura para marcar os seus gols. Tem 18 anos e jogou os seis minutos finais contra o Atlético Nacional. Também entrou no segundo tempo contra o Botafogo. É menos experiente, tendo subido ao time principal nesta temporada, embora também tenha realizado vários jogos pelo time sub-20 para manter o ritmo. É uma alternativa, mas está atrás de Lucca na hierarquia do grupo.
A terceira opção é Wesley, que jogou alguns minutos em algumas partidas e recebeu elogios de Roger Machado por sua movimentação. Porém, para usá-lo como centroavante, seria preciso fazer um rearranjo geral de todo o setor ofensivo, que também carece de peças em outras funções. Carbonero até treinou ontem, mas dificilmente estará à disposição de Roger para começar o jogo em Montevidéu.
A verdade, porém, é que o ataque, mesmo quando Borré e Valencia estavam à disposição, mostrou pouca efetividade, principalmente após do Gauchão. Recentemente, Roger já havia reconhecido que a inoperância dos atacantes prejudicava o time, embora tenha dividido a responsabilidade pelos gols. “O que me preocupa é o mau momento individual dos nossos atacantes. Não vejo que o time todo esteja mal. É mais um setor. Não basta não sofrer gols. Temos que balançar as redes também”, lamentou o treinador.
BORRÉ E CARBONERO TREINAM
Carbonero e Borré participaram do treino desta terça-feira no CT Parque Gigante e têm chances pequenas de compor a delegação que viaja na quarta à tarde para o Uruguai. Mesmo que viajem com o grupo, eles dificilmente terão condições de começar a partida contra o Nacional.
Ambos tem lesões musculares e estão trabalhando para ficar à disposição. Carbonero, inclusive, voltou a sentir o problema na semana passada, quando ficaria à disposição. Roger Machado orienta mais um treino nesta quarta-feira, quando definirá o grupo que embarca à tarde ao Uruguai.
Fonte: Correio do Povo