Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denunciam que estão sendo intimidados pela atuação da Brigada Militar (BM) na antiga área da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) em Taquari. Cerca de 200 sem-terra, entre eles idosos e crianças, ocupam o local desde a madrugada da última quinta-feira (17). A área tem em torno de 460 hectares. A reivindicação é Reforma Agrária para assentar famílias que vivem em acampamentos.

O governo gaúcho solicitou reintegração de posse e a juíza Mariana Machado acatou o pedido. Os sem-terra foram notificados por oficial de justiça por volta das 17h de sexta-feira (18) e têm até cinco dias para deixarem o local de forma voluntária. Desde então, segundo os ocupantes, integrantes do Batalhão de Choque da BM fazem blitz na estrada de acesso à ocupação, “mesmo que a ordem judicial não proíba a entrada de pessoas no local”, pontuam.

Um morador de assentamento do MST próximo à área disse que foi impedido de levar comida aos acampados. Os trabalhadores colocam que a atuação dos militares é precipitada e que intimida e dificulta a saída voluntária. Eles reforçam que ainda estão no prazo estabelecido pela Justiça para ficarem na área, sendo desnecessária a blitz da polícia.

Os sem-terra destacam que estão tentando uma audiência com o governo do estado para esta semana. AI/NR

FONTE: GRUPO INDEPENDENTE